Nota à imprensa
O estadista Tarso Genro anuncia à Brigada Militar medidas para proteção dos moradores da Cidade Baixa. Fica instituido o vale-taco-de-beisebol e aulas expressas com vídeos do Chuck Norris. Os gaúchos mais antigos estão livres para ir logo aos facões. Tarso ainda disse estar perplexo pela rápida movimentação dos bondes. Fortunati diz que a EPTC não sabe das rotas destes meios de transporte. E a Brigada Militar usa os mesmos mapas de sempre, rumo ao Largo Zumbi dos Palmares, onde o povo está apenas conversando. O pau come. Enquanto isso, os vândalos – iluminados pelos fachos de luz dos helicópteros que sobrevoam o lugar – usam os mesmos mapas pelos quais os escravos negros fugiam no passado, evadindo-se ao sul. A Brigada não os bloqueia por ali, mas eles não tentam avançar à várzea, digo, ao Parque da Redenção e acima dela. A notícia é preocupante. Os moradores foram bem sucedidos na sua iniciativa. Os demais usam água e sabonete em suas extremidades. Não se pode ver sua expressão. Os jornais locais não dispõem de tecnologia para registrar essas coisas. Nos centros espíritas e terreiros, um ectoplasma vindo do Centro Histórico, de um edifício de 3 andares, projeta-se para a Riachuelo e volta logo para dentro. É o Barão de Itararé. Ele emite uma mensagem expressa aos médiuns. “Essa guerra não é minha. Vão dormir!” Sem o RBS Cop por perto, os residentes conseguem esse feito. Videntes de outras correntes espirituais, twitteiros e jornalistas procuram anunciar os próximos fatos, mas os fatos foram/serão corrompidos pela própria História e também vão dormir. Só a História não dorme. Nem com Rivotril.