antes
duas pétalas discutem a flor
uma recusa-se
e a flor sobrevive
mais tarde
num abraço em aberto
decidem debandar
da flor defunta
no mais escuro
sonâmbulos insetos
medem a violência
da morte obtida
outra vez amanhece
e o que sobrevive
percute ainda os tímpanos
moucos da flor