Um dia todo mundo aterra sentimentos.
No barro, um miasma avança sob a pele
do que os pés calcinaram sem notar.
Havia aqui uma canção cantada a sós,
à noite, sob as cobertas, mas não embala
mais. O desalento de quem esperava
manter a vida sob uma esfinge foi
desvelado. É sabido teu tesouro: é pó
juntado ao pó de todo mundo.
Um arrepio distante, lembrança remota
de um sentimento sem desafio, percorre
o corpo. A nossa morte também dá calafrios.